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Tratamento com Ipilimumabe e Nivolumabe Mantém Benefício em Metástases Cerebrais de Melanoma: Acompanhamento de 7 Anos do Estudo ABC

Tratamento com Ipilimumabe e Nivolumabe Mantém Benefício em Metástases Cerebrais de Melanoma: Acompanhamento de 7 Anos do Estudo ABC

Introdução Um recente artigo publicado no The Lancet Oncology por Long et al. apresenta os resultados do acompanhamento de 7 anos do estudo ABC de fase II australiano. O estudo avalia a eficácia do tratamento combinado de ipilimumabe e nivolumabe em comparação ao nivolumabe isolado em pacientes com metástases cerebrais assintomáticas de melanoma. Os resultados reforçam o benefício contínuo da combinação terapêutica, sugerindo que deve ser considerada padrão para esses pacientes.

Detalhes do Estudo O estudo multicêntrico aberto incluiu 63 pacientes sem tratamento prévio para metástases cerebrais, aleatoriamente distribuídos para receberem:

  • Ipilimumabe (3 mg/kg) + Nivolumabe (1 mg/kg) a cada 3 semanas por 12 semanas, seguido de nivolumabe (3 mg/kg) a cada 2 semanas (n = 36);

  • Nivolumabe isolado (3 mg/kg) a cada 2 semanas (n = 27);

  • Além disso, outros 16 pacientes com terapia cerebral prévia ou doença leptomeníngea receberam nivolumabe isolado.

O protocolo do estudo foi posteriormente ajustado para nivolumabe em dose de manutenção de 480 mg a cada 4 semanas. O tratamento seguiu até progressão da doença ou toxicidade inaceitável.

Principais Descobertas Com um tempo mediano de acompanhamento de 7,6 anos, os principais achados foram:

  • Taxa de resposta intracraniana: 51% no grupo ipilimumabe/nivolumabe, 20% no grupo nivolumabe isolado e 6% no grupo não randomizado.

  • Sobrevida livre de progressão intracraniana em 7 anos: 42% (IC 95% = 29%–63%) no grupo de combinação, 15% (IC 95% = 6%–39%) no grupo nivolumabe isolado e 6% (IC 95% = 1%–42%) no grupo não randomizado.

  • Sobrevida global em 7 anos: 48% (IC 95% = 34%–68%) no grupo de combinação, 26% (IC 95% = 13%–51%) no grupo nivolumabe isolado e 13% (IC 95% = 3%–46%) no grupo não randomizado.

Conclusão Os resultados de longo prazo reforçam a eficácia sustentada do tratamento combinado de ipilimumabe e nivolumabe, consolidando-o como a abordagem padrão para pacientes com metástases cerebrais assintomáticas de melanoma. O estudo destaca a necessidade de investigações adicionais, incluindo o papel da cirurgia estereotáxica nesse novo paradigma terapêutico.

Referência Bibliográfica Long GV, et al. The Lancet Oncology, 2024. Disponível em: The Lancet Oncology.

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