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AQUILA Trial: Benefícios do Daratumumabe no Mieloma Múltiplo Indolente

AQUILA Trial: Benefícios do Daratumumabe no Mieloma Múltiplo Indolente

A) Introdução

O mieloma múltiplo indolente de alto risco é uma condição hematológica intermediária entre a gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS) e o mieloma múltiplo ativo. O estudo fase III AQUILA, apresentado no Congresso da ASH 2024, investigou o impacto do tratamento precoce com daratumumabe subcutâneo versus monitoramento ativo. O estudo demonstrou que o tratamento antecipado pode proporcionar um benefício significativo na sobrevida livre de progressão (SLP) e outros desfechos clínicos.

B) Principais Dados e Resultados

O estudo envolveu 390 pacientes de 124 centros com mieloma indolente de até 5 anos de duração, classificados como risco intermediário ou alto. Os participantes foram randomizados para monitoramento ativo ou tratamento com daratumumabe subcutâneo (1.800 mg), administrado semanalmente nos primeiros ciclos, quinzenalmente entre os ciclos 3 e 6, e mensalmente até o ciclo 39 ou progressão da doença.

  • Mediana da SLP: Não alcançada com daratumumabe vs 41,5 meses com monitoramento (HR = 0,49; P < 0,001).
  • Taxa de sobrevida livre de progressão aos 5 anos: 63,1% (daratumumabe) vs 40,8% (monitoramento).
  • Benefício em pacientes de alto risco: HR = 0,36 (IC 95% = 0,23-0,58).
  • Menor taxa de progressão com critérios SLiM CRAB: 12 vs 34 pacientes.
  • Melhora na taxa de resposta: 63,4% com daratumumabe vs 2,0% com monitoramento (P < 0,0001).
  • Maior sobrevida global (SG): Taxa de sobrevida aos 60 meses de 93,0% vs 86,9% (HR = 0,52; IC 95% = 0,27-0,98).

C) Conclusão

O estudo AQUILA sugere que o daratumumabe pode modificar a história natural do mieloma múltiplo indolente de alto risco, reduzindo significativamente o risco de progressão para mieloma ativo. Os achados reforçam a possibilidade de intervenção precoce nesse grupo de pacientes, evitando complicações associadas ao avanço da doença. O próximo passo é determinar o melhor subgrupo de pacientes que se beneficiarão dessa estratégia terapêutica.

D) Referências Bibliográficas

  1. Dimopoulos MA, Voorhees PM, Schjesvold F, et al: Phase 3 randomized study of daratumumab monotherapy versus active monitoring in patients with high-risk smoldering multiple myeloma: Primary results of the AQUILA study. 2024 ASH Annual Meeting & Exposition. Abstract 773.
  2. Mateos MV, Hernández MT, Giraldo P, et al: Lenalidomide plus dexamethasone for high-risk smoldering multiple myeloma. N Engl J Med 369:438-447, 2013.
  3. Lonial S, Jacobus S, Fonseca R, et al: Randomized trial of lenalidomide versus observation in smoldering multiple myeloma. J Clin Oncol 38:1126-1137, 2020.

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