Muitas vezes temos pacientes idosos ou com comorbidades que não toleram abordagem cirúrgica pela falta de reserva cardiopulmonar, mas ainda possuem uma boa qualidade de vida.

Lembramos que na U.S. Center Statistics Working Group a neoplasia de pulmão lidera a taxa de mortalidade 33,4 por 100.000 habitantes, sendo ainda o diagnóstico da doença localizada em torno de 26% dos casos.

A definição de câncer de pulmão inicial agrega casos pelo estadiamento clínico TNM em estádios I e II (sem linfonodomegalia regional comprometida).

Neste cenário, a radioterapia estereotáxica ablativa corpórea (SABR) se apresenta como modalidade sólida para o tratamento. O Estudo fase 3 TROG 09.02 CHISEL publicado na Lancet comparou a SABR com radioterapia convencional demonstrando maior controle local da neoplasia sem aumento de toxicidade no braço da SABR.

Já o estudo RTOG 0236 que engloba os casos de câncer de pulmão inicial na modalidade terapêutica de SABR demonstrou aos 3 anos de seguimento a sobrevida livre de doença e sobrevida global de 48,3% e 55,8% respectivamente. A média da sobrevida global foi de 48 meses e os efeitos adversos grau 3 em 12% dos casos, sendo observados fratura de arco costal e dermatite na parede torácica.

O NAIC sempre discuti os casos de forma multidisciplinar para melhor abordagem terapêutica.




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